Jetstortopia

Mais do que uma bela homenagem ao criador da Turma da Mônica

Posted on: 21/09/2010


Atualização 15/08/11: Será lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que começa em 01 de setembro p.f. o terceiro e último volume desta série que homenageia de forma brilhante o Maurício, com feras do porte de Mike Deodato (Homem Aranha, Vingadores), Ed Benes (Supergirl, Liga da Justiça), Adão Iturrusgarai (Aline, Mundo Monstro) e muitos outros artistas. Mal consigo esperar para botar as mãos em mais essa pequena obra prima… (Fonte: Omelete)

Nada melhor para inaugurar o blog do que minha mais antiga e perene paixão: quadrinhos! E falando do maior e mais bem sucedido autor nacional de quadrinhos, que está para nós como Goscinny e Uderzo (Asterix) para os franceses, Hergé (Tintin) para os belgas ou Osamu Tezuka (Astroboy) para os japoneses: Maurício de Sousa.

Quem das três últimas gerações não leu algum gibi do Maurício na infância não teve infância ou perdeu uma das melhores coisas dela :) Mas a infância passa, e inevitavelmente em algum momento deixamos a Turma da Mônica (e Disney, e Turma do Pererê…) para trás, em busca de superheróis, metais pesados, romances gráficos e outras coisas mais.

Eventualmente pode nos bater uma saudade de ler sobre mais um plano infalível do Cebolinha, ou sobre mais uma aventura do Astronauta (um dos meus personagens preferidos) na solidão do espaço, mas quase nunca vamos especificamente atrás desses personagens numa banca, e no máximo acabamos folheando algum gibi dos nossos filhos ou sobrinhos quando pequenos, ou se estiverem casualmente dando sopa, largados numa recepção ou uma sala de espera qualquer…

Em grande parte isso acontece porque os personagens não cresceram acompanhando nosso envelhecimento, não passaram a viver outras estórias senão as variações dos mesmos temas, destinados a continuar a embalar a imaginação de novas gerações nas suas primeiras leituras…

Mas o que aconteceria se esses incríveis personagens fossem usados em outros contextos narrativos, suas estórias fossem exploradas sobre outros pontos de vista artísticos, e mais: por autores e talentos do desenho brasileiro os mais diversos?

Sem contar a bem sucedida série da Turma da Mônica Jovem, a resposta existe na forma de dois volumes primorosos (ambos lançados em versão capa dura, mais cara, e também em versão brochura, mais barata, porém também de excelente qualidade) lançados pela Editora Panini, o primeiro em 2009 (MSP50 – Maurício de Sousa Por 50 Artistas) e o segundo em 2010 (MSP+50 – Maurício de Sousa Por Mais 50 Artistas), para homenagear os 50 anos das criações de Maurício, completados ano passado.

E o resultado é exuberante: estória atrás de estória, com abordagens ora mais caricaturais, ora mais realistas, ora mais cartunescas ou mais reverentes, todas me tocaram profundamente, ao mesmo tempo homenageando e recriando o universo da Mônica e Cia e revelando possibilidades incríveis de desenvolvimento dos personagens, revigorando-os no processo.

É quase impossível um destaque individual tamanha a qualidade das coletâneas, mas confesso que a estória do relacionamento da Mônica e Cebolinha já adultos contada do fim para o começo pelo Rogério Vilela é extremamente emocionante e profunda.

Estão esses títulos altamente recomendados não só para fãs, mas para qualquer um que, sem ficar apenas na nostalgia, deseja sentir-se encantado e entretido de uma maneira que somente uma boa estória em quadrinhos é capaz…:)

4 Respostas to "Mais do que uma bela homenagem ao criador da Turma da Mônica"

hehehe, as historinhas do astronauta eu sempre pulava quando eu era pequena, porque eu achava ele, o horácio e o piteco os mais sem graça.
Mas concordo contigo quando tu diz que quem não leu esses quadrinhos perdeu uma parte bem boa da infância. :)
Pena que hoje as revistinhas estão caras, não?
Beijo, parabéns pelo blog!

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Aee Celli! A primeira supervickiana a comentar por aqui, já tava sentindo falta! hehe…
É verdade, as estórias do Astronauta eram até meio compridas/filosóficas demais numa certa época, mas minha preferência por ele é bem culpa do meu lado trekker..:)
Apareça e comente sempre!! bjs Jets

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Olá, Jorge. A Turma da Mônica não fez parte apenas da minha infância, mas também da minha vida profissional. Durante 10 anos trabalhei na divisão infanto-juvenil da Editora Globo, editando várias publicações do Mauricio de Sousa. Roteiros de primeira, que conversam diretamente com as crianças na idade real e aquelas que nunca morreram dentro de cada um de nós. Pura diversão! Foram as primeiras ‘cartilhas’ do Arthur! Abraços e parabéns pelo artigo.

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Valeu Virginia! E uma iniciativa muito legal p/ nós que acompanhamos o trabalho do estúdio Mauricio de Souza desde o início é a reedição das revistas originais da Monica e Cebolinha dos anos 70 (em um ‘pack’ que reune tb reedições das + novas Cascão, Chico Bento e Magali). Dá p/ matar a saudade, bem como admirar a evolução dos personagens, traços e roteiros através dos anos (creio que atualmente já está no #19). Abs!

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