Paintbrush (1): Mundos
Posted 15/02/2012
on:- In: Tech
- 4 Comments
O ano era 1994 e eu finalmente havia conseguido meu primeiro PC, um glorioso Intel 386 DX40Mhz com HD de 210Mb e 8Mb de RAM rodando DOS 5.0 e Windows 3.1, uma coisa fantástica mesmo. Logo de cara três atividades capturaram minha atenção por um longo período: a primeira era experimentar no Word 2.0 os tipos, tamanhos e cores de letras por dias a fio, afinal iria usar isso intensivamente, preparando aulas pelos muitos anos seguintes (por incrível que possa soar hoje em dia, isso significava que estava aposentado uma máquina de escrever Remington portátil, usada para esse fim até então).
A segunda atividade era jogar, obviamente, ou talvez isso de fato viesse em primeiro. De qualquer maneira, isso inicialmente significava apenas jogar Paciência, por muito tempo encantado com a mágica daqueles baralhos pulando na tela, carta a carta, quando se ganhava (alguém se lembra disso?).
Por último e não menos importante, fiquei fascinado com a possibilidade de desenhar no incrível Paintbrush. A princípio pensei que dava para me tornar um verdadeiro ilustrador e parti logo para tentar modelar uma rede molecular de água como parte do um trabalho que meu amigo físico Moa e eu levávamos adiante (a respeito da possibilidade da transmissão de informação num meio hídrico):
Como dá para perceber, o resultado foi tão frustrante que deixei o Paint de lado por um longo período, e me concentrei onde era realmente bom, isto é, na Paciência.
Porém poucos anos depois, durante um processo terapêutico muito significativo e salutar, me foi sugerido que o desenho poderia ser muito útil como forma de expressão não-verbal e resolvi então dar uma nova chance ao digital. O resultado foi um tanto melhor, a ponto do mesmo amigo que antes havia confundido minhas moléculas de água com batatas assadas agora me dizia que as imagens até mereciam tornarem-se públicas. Ao invés disso foram parar no fundo do armário em diversos disquetes de 3.5 por mais de 15 anos e só recentemente resolvi tirá-las de seu profundo sono magnético, para que possam rechear este e pelo menos mais um ou dois posts.
Esta primeira leva pertencia a uma série chamada Mundos, tendo sido aquelas criadas originalmente como parte do processo de terapia, e percebo que ainda hoje conseguem carregar um profundo significado simbólico e afetivo para mim, o qual não saberia, e nem desejaria, traduzir em palavras…
1 | Fezin
15/02/2012 às 15:39
Ai que saudades, amei
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Jorge Storace
15/02/2012 às 16:11
Achei mesmo que vc ia curtir!… faltam ainda os do Fine Artist, posto num proximo, bjs
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